Quem casa quer casa, mas se vem um bebé a caminho, então os desejos e necessidades são ainda maiores, o que levará a um maior desafio do ponto de vista financeiro.
O anúncio da chegada de um filho é sempre um motivo de festa e alegria no seio de uma família, porém, esta boa-nova vai acabar por trazer para cima da mesa desafios financeiros exigentes que devem ser tratados com a maior das minúcias.
Custos e despesas associadas a ter um filho
Em média, a chegada do primeiro filho a uma família vai representar um aumento de 20% nas despesas mensais do agregado ao longo dos seis meses seguintes.
Esmiuçando este aumento, vemos que, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), tal se deve a uma subida média de 52% com as despesas no setor do retalho, 36% na área da saúde, 16% na eletricidade e gás e, por fim, 9% na água.
Além destes gastos, é ainda importante juntar as despesas com fraldas (15 a 35 cêntimos/fralda multiplicados por 56 fraldas por semana) e de produtos de higiene que, por sua vez, obrigam os pais a gastarem, pelo menos, 600 euros por ano e consultas de pediatria e vacinação, algo como 200 euros, se estas forem executadas fora do SNS.
Após o primeiro ano de vida, é altura de começar a pensar em creches. Se as creches públicas são gratuitas para crianças até aos 3 anos de idade, também é verdade que, face à grande procura, as famílias poderão ser obrigadas a procurarem uma creche privada e, nesse caso, é importante contar com um gasto mensal médio de 50 euros.
Com tantas despesas em mãos, é mais importante do que nunca fazer um planeamento financeiro meticuloso para que tudo isto tenha o menor impacto no orçamento da família, mas sempre com a garantia de máximo conforto para o recém-nascido.
Planeamento financeiro para novos pais: como fazer?
Qualquer planeamento financeiro deve começar pela criação de um orçamento onde estejam detalhadas todas as fontes de rendimento, as despesas fixas e variáveis, bem como as metas de poupança, apoios estatais e potenciais financiamentos externos.
Com a chegada de um filho, notará que as despesas vão sofrer um aumento considerável, algo que servirá de plataforma para perceber onde deverá realizar cortes, como alterar hábitos de consumo e qual a margem para, por exemplo, pedir um crédito pessoal para fazer face ao aumento dos custos.
Para diminuir as suas despesas fixas, pondere:
– Mudar de fornecedora de energia e reduzir a potência contratada, medidas que lhe podem valer uma poupança mensal de 50 euros;
– Renegociar o contrato de telecomunicações de modo a eliminar serviços redundantes e pagar menos. Poderá, caso encontre melhores condições contratuais, mudar de operadora;
– Eliminar gastos supérfluos, nomeadamente almoços e jantares fora de casa;
– Passar a utilizar os transportes públicos para se dirigir para o trabalho.
Já no que toca às despesas com o bebé, recomendamos que:
– Aproveite as “feiras do bebé” que, regularmente, são levadas a cabo pelas superfícies comerciais de modo a comprar vestuário e outros produtos essenciais com desconto no preço;
– Compare modelos e preços de cadeirinhas para o automóvel e carrinhos optando pela melhor opção para si e para o seu bebé;
– Compre produtos alimentares e de higiene para o bebé em grandes quantidades aproveitando as promoções e descontos;
– Peça, a amigos e familiares, roupa, acessórios e brinquedos para bebé que estejam em bom estado;
– Verifique se na sua zona de residência oferecem os chamados cabazes de bebé que contêm uma série de artigos essenciais. Informe-se junto do seu médico ou da sua junta de freguesia;
– Experimente fraldas reutilizáveis;
– Se possível, amamente o seu filho, é a forma mais saudável de garantir que o seu bebé tem a nutrição essencial e, claro, acabará por poupar em nutrição.
Apoios estatais e financiamento externo
Comprar tudo aquilo de que o seu bebé vai necessitar é dispendioso, mas existem formas de mitigar essa necessidade.
Uma delas passa pelos apoios estatais:
- Creche gratuita: crianças nascidas a partir de dia 1 de setembro de 2021, podem usufruir de creche gratuita até aos 3 anos de idade ao abrigo do programa “Creche Feliz”.
- Subsídio de parentalidade
Dependendo do número de dias total que tirem de licença, os pais podem gozar de um subsídio de parentalidade nos seguintes moldes: 120 dias de licença correspondem a um subsídio parental correspondente a 100% da remuneração de referência; 150 dias de licença correspondem a 80% da remuneração de referência.
- Abono de família
Em função dos rendimentos do agregado familiar, as famílias podem receber um abono entre 62,75 e os 161,03 euros por mês (crianças até aos três anos) e entre os 20,91 e os 100 euros (crianças com mais de três anos).
- 30 dias por ano de assistência à família
Em caso de doença ou outro tipo de situações, os pais têm o direito a usufruírem de até 30 dias por ano para assistência à família e receberem um subsídio durante o período de tempo em que ficam em casa a cuidarem do filho ou filhos.
Além destes apoios, existem concelhos em Portugal que oferecem cheques nascimento aos novos bebés nascidos no município de forma a inverterem a sua pirâmide etária.
Os apoios estatais são uma grande ajuda para os novos pais, mas as exigências financeiras decorrentes do nacimento de um filho podem pedir algo mais.
Trocar de carro para oferecer um maior conforto ao bebé ou remodelar a casa estão fora dos apoios do estado, mas ainda assim é possível concretizá-los com um impacto mínimo no orçamento mediante um pedido de crédito pessoal junto de uma intermediária de crédito como a CONFFIA.
Além de o ajudar a encontrar o crédito pessoal que melhor sirva os seus interesses económicos, os especialistas CONFFIA auxiliam-no em todas as etapas do processo de contratação garantindo-lhe, desta forma, a melhor relação custo-benefício e uma maior rapidez na concessão.